A Pacific Crest Trail percorre praticamente toda a extensão da costa oeste dos Estados Unidos, abrangendo três estados e diversas paisagens distintas. Aqueles familiarizados com o livro ou filme “Livre”, da renomada autora norte-americana Cheryl Strayed, certamente já ouviram falar da sigla PCT, que representa a “Pacific Crest Trail”. Esta trilha é reconhecida como uma das mais extensas, pitorescas e desafiadoras dos Estados Unidos, atraindo entusiastas de caminhadas de todo o mundo em busca de uma imersão completa na natureza.

Com um percurso total de 4.265 quilômetros, a trilha se inicia na fronteira entre os EUA e o México, estendendo-se até o Canadá, atravessando os estados da Califórnia, Oregon e Washington, em grande parte afastada da civilização. Completar toda a trilha requer, no mínimo, três meses de caminhada. Ao longo do percurso, é comum encontrar mochileiros e aventureiros que exploram apenas seções da trilha ou a percorrem em caminhadas de fim de semana, provenientes de outras rotas.

A Pacific Crest Trail apresenta uma série de desafios, sendo a variação de altitude um dos mais significativos, resultando em mudanças drásticas de temperatura, solo, umidade, pressão e outros fatores. A altitude mais baixa da trilha situa-se na fronteira entre Washington e Oregon, ao nível médio do mar, contrastando com o ponto mais alto em Forester Pass, na Sierra Nevada.

Dentre os pontos altos da PCT, destacam-se a Sierra Nevada, um dos trechos mais renomados, belos e desafiadores da rota, e o Crater Lake, no Oregon, um lago formado há mais de sete mil anos pela erupção do vulcão Mount Manzama, conhecido atualmente por suas dimensões, profundidade e águas azuladas.

Os vulcões desempenham um papel fundamental na concepção da trilha, com relatos que indicam que o projeto original da PCT visava estabelecer um percurso que abrangesse todo o litoral do Pacífico, assim como as cadeias de montanhas e vulcões desde a América do Norte até o Chile.