Ricardo Augusto Pinto afirma que o meio ambiente o ensinou sobre paciência e respeito.

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Mecânico divide trabalho na oficina com registros da natureza mineira

As câmeras foram presentes, a habilidade foi conquistada com a prática e o apreço se manifestou apenas quando o mecânico alinhador de carros Ricardo Augusto Pinto, 37, aprendeu a olhar sob uma nova ótica. Vivendo em Cachoeira do Campo (MG), a aquisição dos equipamentos fotográficos foi o primeiro passo para que estes se tornassem objetos inseparáveis de aventuras do admirador de vida selvagem.

Ele sempre foi apaixonado pela natureza e, desde criança, a mata era um parque de diversões. “Eu também adorava assistir aqueles documentários sobre animais que, na época, passavam na televisão”, relembra.

Paixão pelas aves se manifestou após começar a fotografar a natureza e as paisagens de MG — Foto: Ricardo Augusto Pinto/VCnoTG

Paixão pelas aves se manifestou após começar a fotografar a natureza e as paisagens de MG — Foto: Ricardo Augusto Pinto/VCnoTG

Mesmo assim, o vínculo que tinha com o ambiente natural não era tão forte quanto o que conquistou. 

significa muito para mim

“A aves significavam muito pouco para mim até eu começar a fotografar. Aí comecei a ter muita admiração e respeito por esses animais”, confessa.

A prática de fotografia, uma atividade tão transformadora, não é algo comum na região onde ele vive. A cidade, no distrito de Ouro Preto, tem pouco mais de 11 mil habitantes. Ricardo conta que além dele e de seu amigo Edgar Henrique, que lhe presenteou com a câmera fotográfica, não conhece mais ninguém que se aventura com esse propósito. Até por conta disso, o estranhamento à sua atividade tornou-se uma reação habitual.

A força da natureza e as paisagens do interior permeiam os registros do mecânico — Foto: Ricardo Augusto Pinto/VCnoTG

A força da natureza e as paisagens do interior permeiam os registros do mecânico — Foto: Ricardo Augusto Pinto/VCnoTG

“Em alguns casos, as pessoas nos estranham por estarmos fotografando em lugares mais remotos. As pessoas acham que só porque sou mecânico não posso ter esse hobby. Até eu mesmo me estranho, de vez enquanto (risos). Acho que as pessoas pensam que fotografar pássaros ou a natureza é para biólogos ou quem trabalha na área de fotografia”, conta.

Mal sabem esses “faladores” tudo que a natureza já foi capaz de ensinar ao mecânico: do respeito ao meio ambiente à capacidade de olhar sob outro ponto de vista para as realidades. “Me ajudou muito a ter paciência. Às vezes, temos que procurar e esperar a hora que um animal aparece. Isso, aliado ao contato com a natureza, me ajudou a ter mais tranquilidade para lidar com o dia a dia do trabalho”, explica.

conciência

“A natureza me ensinou a respeitá-la e me fez entender que sem ela não somos ninguém.”

Veja mais fotos:

A cidade onde o mecânico faz sua morada é conhecida pelas cachoeiras, trilhas, cavalgadas, área verde e pelo canto de pássaros — Foto: Ricardo Augusto Pinto/VCnoTG

Carcará foi uma das aves de rapina flagradas pelo observador de natureza — Foto: Ricardo Augusto Pinto/VCnoTG

 

Paisagens do interior de Minas Gerais fazem parte das aventuras e dos registros do mecânico observador de natureza — Foto: Ricardo Augusto Pinto/VCnoTG

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