Brigadistas do Ibama começam a combater incêndio na Bolívia que coloca em risco a Serra do Amolar, no Pantanal.

Uma portaria que permite a entrada dos brigadistas no país vizinho foi divulgada neste fim de semana. O fogo avança rapidamente pela região da Serra do Amolar, um santuário da biodiversidade e patrimônio natural da humanidade.
Brigadistas do Ibama começam a combater incêndio na Bolívia que coloca em risco a Serra do Amolar, no Pantanal.

Bombeiros e brigadistas na região da Serra do Amolar, no Pantanal de MS. — Foto: Governo de MS/Divulgação

proteção do território do Brasil

Brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estão na Bolívia para combater incêndios que ameaçam a Serra do Amolar, um santuário de biodiversidade no Pantanal. As equipes cruzaram a fronteira neste domingo (8) e continuam seus esforços contra o fogo nesta segunda-feira (9).

A chefe de planejamento de operações do Ibama no Pantanal, Thainan Bornato, explica que a ida dos brigadistas brasileiros à Bolívia é uma ação para proteção do território do Brasil, em específico à área da comunidade indígena Guató.

Brigadistas atuam em território boliviano. — Foto: Ibama/Reprodução

A chefe de planejamento de operações do Ibama no Pantanal, Thainan Bornato, esclarece que a missão dos brigadistas brasileiros na Bolívia visa proteger o território brasileiro, especialmente a região da comunidade indígena Guató.

O incêndio no país vizinho coloca em risco a Serra do Amolar, um santuário de biodiversidade e Patrimônio Natural da Humanidade, além de afetar os indígenas Guató que habitam o Pantanal de Mato Grosso do Sul.

De acordo com o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), a linha de fogo que se aproxima da Serra do Amolar e dos Guatós tem cerca de 60 quilômetros de extensão. O Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) informou à reportagem que está preparado para atuar na área vizinha, aguardando apenas a autorização necessária.

Na Bolívia, o Pantanal é conhecido como “Chaco”. A interseção dos territórios da maior planície alagável do mundo entre os dois países ocorre na região da Serra do Amolar, que é Patrimônio Nacional da Humanidade e um importante santuário de biodiversidade. Além disso, as chamas também representam uma ameaça ao povo indígena da etnia Guató.

O Brasil e a Bolívia compartilham uma extensa faixa de fronteira que ultrapassa os 3 mil quilômetros, sendo delimitada, do lado brasileiro, pelos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, onde se encontra o Pantanal em território nacional.

Em agosto de 2024, o governo da Bolívia fez um pedido oficial ao Brasil, solicitando apoio no combate aos incêndios florestais que estavam ocorrendo em seu território. Esse pedido foi encaminhado à Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e estava sob avaliação do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, conhecido como Itamaraty.

A Bolívia solicitou especificamente o envio de aeronaves para realizar “ataques aéreos a focos de incêndio e para transporte pessoal e de carga”. Além disso, o governo boliviano pediu o envio de brigadistas ou bombeiros militares brasileiros para ajudar no controle das chamas em terra. Esse tipo de cooperação internacional é comum em situações de emergência, especialmente em países que compartilham fronteiras e enfrentam desafios ambientais semelhantes, como é o caso do Brasil e da Bolívia na questão dos incêndios florestais.

“A equipe do Ibama continuará no Brasil, deverá entrar em território boliviano durante o dia e deverá operar de maneira coordenada com as autoridades bolivianas na faixa de fronteira que limita com o estado do Mato Grosso do Sul”, afirma a nota de autorização.

 

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